O jornalismo de
sarjeta que se pratica no Correio da Manhã, colocou em editorial que o
Ministro das Finanças Miguel Centeno pedira ao Sport Lisboa e Benfica dois
bilhetes para assistir a um jogo de futebol
que teria redundado num motivou alegado benefício fiscal em favor do filho do presidente do clube.
O Ministério
Público, face à notícia, realizou buscas no gabinete do ministro e no clube.
Realizado o
inquérito, o Ministério Público «concluiu pela não verificação do crime de
obtenção de vantagem indevida ou qualquer outro, uma vez que as circunstâncias
concretas eram suscetíveis de configurar a adequação social e política própria
da previsão legal.»
O Ministério
Público alega que não podia ignorar as notícias dos jornais.
Se bem que
exista a ideia de que o Correio da Manhã funciona como correia de transmissão de
certas notícias, convinha que alguém – uma vez por todas! – concluísse que aquilo não é um jornal.
Joana Marques
Vidal adiantou já que a Procuradoria da República vai abrir um inquérito à
violação do segredo de justiça, no âmbito da Operação Lex.
Quantos
inquéritos já foram abertos sobre violação do segredo de justiça?
Conhece-se algum
resultado?
Uma vez por
todas, acabem come esta farsa.
Palavras finais
do editorial de Paulo Baldaia no Diário de Notícias de ontem:
ÓPERA BUFA
Ferreira
Fernandes no Diário de Notícias:
Dói ler palavras
como estas.
Mas é uma
constatação.
Pode-se fugir à
verdade dos factos?
A Catalunha terá
que aguardar outros tempos, com outros dirigentes.
DIANE KEATON
TAMBÉM ACREDITA EM WOODY ALLEN
Dizem por lá, dizem
por aí, que a carreira de Woody Allen terminou.
Só gente parva
pode chegar a uma conclusão destas.
Diane Keaton é
amiga de longa data do realizador e protagonista de vários dos seus filmes,
veio agora a público defender o realizador.
Poderia já tê-lo
feito mais cedo mas, como dizia a minha avó, mais vale tarde do que nunca:
«Woody Allen é meu amigo e continuo a acreditar nele.»
Já disse, mas
gosto de repetir: tenho com Woody Allen uma velha cumplicidade nascida quando,
no outro século, tempos de ditadura, vi no Apolo 70, O Grande Conquistador e nunca mais
esqueço que, quem legendou o filme, teve o golpe de asa, para que o distraído espectador
percebesse, de substituir Joe" DiMaggio por Eusébio.
«Na minha próxima vida quero vivê-la de trás para a
frente.
Começar morto para despachar logo o assunto.
Depois acordar num lar de idosos e sentir-me melhor a
cada dia que passa. Ser expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a
pensão e começar logo a trabalhar. Receber logo um relógio de ouro no primeiro
dia. Trabalhar quarenta anos até ser novo o suficiente para gozar a reforma.
Divertir-me, embebedar-me e ser de uma forma geral promíscuo, e depois estar
pronto para o liceu. Em seguida a primária, fica-se criança e brinca-se. Não
temos responsabilidades e ficamos um bebé até nascermos. Por fim, passamos nove
meses a flutuar num SPA de luxo com aquecimento central, serviço de quartos à
descrição e um quarto maior de dia para dia, e depois....voilá!
Acaba tudo com um orgasmo!»
Woody Allen
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