Sejamos modestos nas nossas “certezas” e na defesa das nossas “razões”.
É comum ver seres humanos, eles e elas, encolerizarem-se para impor as suas
razões. Eu, pessoalmente, pouca importância atribuo às razões de cada um porque
a razão é uma coisa que todos têm. Há alguém que não tenha razão? Não conheço.
(…)
É assim que, pessoalmente, apresento as minhas razões, e não considero
patetas, ou coisa pior, as razões dos outros que divergem das minhas. Cada um
tem a razão que pode ter, e poderá apresenta-la com toda a convicção, com toda
a dignidade mas sem prepotência, sem escutar, com sorriso oblíquo, de troça ou
de desprezo, a razão do outro. Estou, evidentemente, a referir-me à “razão”
como suposição, interpretação, concepção, crença.
Rómulo de Carvalho em
Memórias
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