terça-feira, 1 de agosto de 2017

QUOTIDIANOS


Olhei para o meu relógio. Eram nove e cinquenta e quatro, horas de ir para casa, calçar as chinelas e jogar uma partida de xadrez, horas de uma bebida fresca, num copo alto, e de um cachimbo longo e pacato. Eram horas de estar sentado com os pés ao nível do corpo, sem s pensar em nada. Horas de se começar a bocejar, por cima da folha do jornal dos costume, horas de nos sentirmos um ser humano, um dono de casa, um homem sem ter mais nada que fazer senão descansar, respirar o ar da noite e refazer o cérebro para o dia de amanhã.

Raymond Chandler em ADama do Lago

Sem comentários: