Num qualquer dia
de Novembro do ano de 1961, o Mário-Henrique Leiria escrevia a Isabel e contava-lhe que
chovia imenso.
Sim, naqueles
tempos chovia muito e fazia frio.
Lembro as inundações de Novembro de 1967, vai fazer 50 anos que aconteceram.
Lembro as inundações de Novembro de 1967, vai fazer 50 anos que aconteceram.
Agora, cada vez
chove menos, não chove mesmo nada.
Ontem, o
Cardeal-Patriarca de Lisboa pediu aos sacerdotes para que rezassem na esperança
que a chuva chegue.
«Deus do universo, em quem vivemos, nos movemos e existimos, concedei-nos a chuva necessária, para que, ajudados pelos bens da terra, aspiremos com mais confiança aos bens do Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo».
«Restará espaço para dizer uma coisa bonita? E
sincera, e com todo o respeito: nada têm de ridículo estas cartas de amor. As
cartas de Amor NUNCA são ridículas. Poderemos sorrir. Isso sim. Aquela
Isabelinha bonita, aconchegada com marido e filhos nas brumas de Londres, e
Beluska e distante Maruska, doce como o olhar das gazelas do Volga… sai destas
cartas como figura inesquecível. Mais muito mais que aquele cavalheiro francês,
torpe e antipático, que podemos imaginar nas cartas da Alcoforado. Fazem o
favor de conferir, que não exagero nada, lendo-as.»
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