terça-feira, 31 de outubro de 2017

DESCONFIO QUE ESTOU DOIDO

Num qualquer dia de Novembro do ano de 1961, o Mário-Henrique Leiria escrevia a Isabel e contava-lhe que chovia imenso.

Sim, naqueles tempos chovia muito e fazia frio. 

Lembro as inundações de Novembro de 1967, vai fazer 50 anos que aconteceram.

Agora, cada vez chove menos, não chove mesmo nada.

Ontem, o Cardeal-Patriarca de Lisboa pediu aos sacerdotes para que rezassem na esperança que a chuva chegue.

«Deus do universo, em quem vivemos, nos movemos e existimos, concedei-nos a chuva necessária, para que, ajudados pelos bens da terra, aspiremos com mais confiança aos bens do Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo». 


«Restará espaço para dizer uma coisa bonita? E sincera, e com todo o respeito: nada têm de ridículo estas cartas de amor. As cartas de Amor NUNCA são ridículas. Poderemos sorrir. Isso sim. Aquela Isabelinha bonita, aconchegada com marido e filhos nas brumas de Londres, e Beluska e distante Maruska, doce como o olhar das gazelas do Volga… sai destas cartas como figura inesquecível. Mais muito mais que aquele cavalheiro francês, torpe e antipático, que podemos imaginar nas cartas da Alcoforado. Fazem o favor de conferir, que não exagero nada, lendo-as.»

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