Vistas dali de
cima, a casa e as pessoas apressadas que andavam de lado para lado não tinham
mais significado e importância do que um formigueiro.
Só o Sol, majestoso
e poderoso a brilhar no céu, e a estreita faixa prateada em que o Nilo se
transformava àquela hora da manhã – só o Sol e o Nilo eram eternos e
permanentes. Khay, Nofret e Satipy tinham morrido, e um dia também ele e Hori
morreriam. Mas Rá continuaria a governar o céu e a viajar, de noite, na sua
barca, pelo mundo das trevas, até à alvorada do dia seguinte. E o rio
continuaria a correr, vindo de além de Elefantina e passando por Tebas, pela
aldeia e pelo Baixo Egipto, onde Nofret vivera e fora alegre e despreocupada, e
prosseguindo até às grandes águas e para fora do Egipto.
Agatha Christie em
Morrer Não é o Fim.
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