segunda-feira, 30 de outubro de 2017

VELHOS RECORTES


Por causa do seu olhar de gata, Jean Cocteau chamou-lhe o mais belo animal do mundo.
Ava Gardner nasceu na véspera de Natal do ano de 1922, em Grabtown, Carolina do Norte. 
Um dia perguntaram a um escritor se tinha animais em casa.
Respondeu que sim: «um poster do mais belo animal do mundo, Ava Gardner.»

Este é um recorte, suponho que do Público, quando em Agosto de 2013 saía nos Estados Unidos «Ava Gardner: The Secret Converstions.»

Sobre Ava Gardner, escreveu Edgar Morin: «Ava Gardner é demasiado grande para uma Hollywood diminuída. É uma raínha sem reino, os seus súbditos estão dispersos pelo mundo… Amam nela a beleza duma deusa, o dilaceramento duma heroína, a plenitude da feminilidade. Mesmo depois de ter deixado este mundo, deixou alguns súbditos indignos a repetirem como papagaios, e sob pretexto de homenagem, o estafado epíteto machista de «o mais belo animal do mundo». Nem morta foi poupada.»

Ou lembrar George Cukor que a dirigiu em «Bowani Junction:
«Ela era extremamente inteligente. Exerce uma grande fascinação, mas está assombrada pelo desespero. É uma mulher dominada pela fatalidade. Não está de boas relações consigo mesma e, entre outras coisas, considera-se uma má actriz. No meu filme ela tinha algumas maravilhosas cenas erótica… Lavava os dentes com whisky, de uma maneira muito ordinária e muito excitante. Mas foi tudo cortado pelos censores.»

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