A única canção que me tinha mantido agarrado à Leeds
Music, a que convenceu John Hammond a levar-me até lá não era nem por sombras
uma canção extraordinária. Era um tributo em letra e melodia ao homem que
marcou o ponto de partida da minha identidade e destino – o grande Woody
Guthrie. Escrevi a canção com ele na cabeça e usei a melodia de uma das suas
antigas canções, não tendo a mínima ideia de que seria a primeira de
provavelmente mil canções que eu escreveria. A minha vida nunca mais foi a
mesma desde que em Minneapolis, há uns anos, ouvi Woody num gira-discos. Quando
o ouvi pela primeira vez foi como se caísse uma bomba de um milhão de
megatoneladas.
Bob Dylan em Crónicas
Legenda: Woody Guthrie. Na guitarra pode ler-se: «Esta máquina mata fascistas.»
Legenda: Woody Guthrie. Na guitarra pode ler-se: «Esta máquina mata fascistas.»
Sem comentários:
Enviar um comentário