Eis o homem de Abril.
Nasceu fraco e de pé.
Já fraco, fez-se velho.
Fez-se velho a valer.
Sentou-se ao pé dum muro,
Atrás o sol nascia.
Uma rosa rompeu.
Era manhã. Bom dia!
António Ramos
Rosa
Nota do editor:
este poema, «O Homem de Abril», faz parte de um conjunto que, em carta datada
de 14 de Novembro de 1960, Ramos Rosa enviou a Jorge de Sena com a indicação
manuscrita: «não são para publicar».
Legenda:
Legenda: ilustração de Rogério Ribeiro para o livro de Manuel Tiago «Até Amanhã Camaradas».
Legenda: ilustração de Rogério Ribeiro para o livro de Manuel Tiago «Até Amanhã Camaradas».
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