sábado, 13 de abril de 2019

CANTIGA DO ÓDIO


O amor de guardar ódios
agrada ao meu coração,
se o ódio guardar o amor
de servir a servidão.
Há-de sentir o meu ódio
quem o meu ódio mereça:
ó vida, cega-me os olhos
se não cumprir a promessa.
E venha a morte depois
fria como a luz dos astros:
que nos importa morrer
se não morrermos de rastros? 

Carlos de Oliveira de Mãe Pobre em Poesias

1 comentário:

Mortadela Preta disse...

Triste