A importante notícia que percorre todos os jornais:
É instituído como feriado nacional obrigatório o dia
um de maio, considerado o «Dia do Trabalhador.»
Por outro lado, continuam as manifestações, as reuniões
políticas, a «caça ao pide.»
Na página desportiva do Diário de Lisboa, uma
interessantíssima observação do jornalista Neves de Sousa e que constitui a
abertura da sua crónica sobre o jogo entre o Sporting e o Belenenses para a
Taça de Portugal.
Com tanto pide preso e barões e baronetes em fuga, gentes que tinham cartões de livre-trânsito para todos os jogos de futebol, não ocuparam os seus lugares…
O República chama
para a 1ª página uma afirmação de Mário Soares na sua chegada a Lisboa.
Nas páginas interiores, o República noticia
que essa figura sinistra, que dá pelo nome de Capitão Maltês e era o comandante
da Polícia de Choque, ainda andava fugido.
Quem quisesse sair do País, só poderia levar um máximo de 50 contos.
Na última página ficava a saber-se que Henrique Tenreiro, ex-deputado e
presidente da Junta Central da Legião Portuguesa, para além de outros títulos,
apresentou-se, voluntariamente, à Junta de Salvação Nacional
Também no República, uma notícia insólita: a
administração dos TLP tenciona descontar aos trabalhadores o facto
de não terem ido trabalhar no dia 25 de Abril.
Na primeira página, A Capital dava conta
da constituição do Movimento Democrático Português.
Para a Comissão Central Provisória, entre outros, foram
votados Francisco Pereira de Moura, José Tengarrinha, Victor Wengorovius, Luís
Moita, Henrique Neto.
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