O Assassinato da
Minha Tia
Richard Hull
Tradução: Lima da Costa
Capa: Lima Freitas
Colecção Vampiro nº 168
Livros do Brasil, Lisboa s/d
Estou a escrever
estas linhas, num antiquado e incómodo clube a que pertenço, por desgraça,
embora não saiba bem porquê. È coisa completamente alheia à minha maneira de
ser mas parece que a minha mãe exprimiu, um dia, esse desejo. Segundo me contou
a minha tia, ela esperava que os velhotes que frequentam estas associações
acabariam por transformar-me à sua imagem e semelhança. Como conseguiriam
fazê-lo é coisa que me intriga tanto como o desejo da minha mãe. O caso é que a
minha mãe cumpriu, ao pé da letra, esse desejo. Todos os anos paga a minha
quota e chama a isso o seu presente de natal; eu, pelo contrário, considero
esse acto como uma maneira de iludir a responsabilidade. Pelo meu lado,
ofereço-lhe uma novela francesa, sublinhando que o livro servirá para ela ampliar a sua cultura. É raro que ela leia
o livro e que eu frequente o clube. Apesar de tudo, senho sobre a minha tia uma
grande vantagem: posso ler a sua novela mas ela está proibida de entrar no meu
clube.
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