A Primavera
apresentou-se hoje… mas com chuva.
E isso
entristece ainda mais os já de si tão difíceis dias.
Voltaremos a
passear nos jardins, voltaremos a sentar-nos nas esplanadas, voltaremos a
sentir o silêncio das ruas dos bairros populares?
Chegou a
Primavera, a Páscoa vem a caminho, pelo meio um qualquer puto há-de perguntar
ao pai se vai haver Natal, depois os Santos Populares, os dias de Verão e de
repente estamos à beira do Natal.
Será este o
nosso caminhar pelos dias?
Poderemos
então ouvir esta belíssima canção de um álbum dos Simon Garfunkel que tem tanto
de bom como de mau. Velhas tricas de Garfunkel com Paul Simon que os foram
cansando e levou ao fim de um duo que marcou, indelevelmente a música pop.
«Quando
estiveres esgotado e te sentires insignificante
Quando
tiveres lágrimas nos olhos, eu secar-tas-ei todas
Estarei a teu
lado
Oh, quando os
tempos estiverem difíceis
E não
encontrares amigos,
Como uma
ponte sobre águas agitadas
Eu me
estenderei.
Como uma
ponte sobre águas agitadas
Eu me estenderei.
Quando te
sentires deprimido,
Quando
andares perdido nas ruas,,
E a noite
cair de repente,
Eu
confortar-te-ei.
Estarei a teu
lado.
Oh, quando
chegar a escuridão
E a dor se
espalhar à tua volta,
Como uma
ponte sobre águas agitadas
Eu me
estenderei.
Como uma
ponte sobre águas agitadas
Eu me
estenderei.
Navega,
rapariga prateada,
Navega
Chegou a tua
vez de brilhar.
Todos os teus
sonhos vêm a caminho.
Vê como
brilham.
Oh, se
precisares de uma amigo
Eu navego
mesmo atrás de ti.
Como uma
ponte sobre águas agitadas
Serei o teu
apoio.»
(Tradução de
Ana Sousa Leal)
1.
Catarina
Pires escreveu, hoje, estas palavras no Diário de Notícias:
«Morreu um
amigo e não nos podemos abraçar.
Ele quereria
risos mais do que choros. Beijos e abraços. Copos. A celebração da vida e os
amigos, que são muitos, todos juntos nela. Mas os tempos que vivemos, fechados
em casa, proibidos de tocar, beijar, abraçar, obrigam-nos a adiar um até amanhã
como deveria ser. Que adeus é possível nestes tempos de Covid-19?»
2.
O Grupo
Jerónimo Martins apresentou lucros de 433 milhões de euros no fecho das suas
contas referentes a 2019.
3.
Maioria das
multas aplicadas a banqueiros fica por pagar.
4.
O lucro da
Galp em 2019 foi de 560 milhões de euros.
5.
Título de um
artigo (não lido) de Teresa de Sousa no Público:
«São as grandes crises que fazem os
grandes líderes».
Suponho que
Marcelo Rebelo de Sousa não esteja no barco.
Rodrigo Alves
Taxa, jurista, escreve no jornal «I» algo parecido:
«Os
grandes e verdadeiros líderes revelam-se nos momentos de aflição, de aperto e
de medo».
Mas aqui sei
que fala do Presidente da República:
«Marcelo Rebelo de Sousa é
politicamente, repito, politicamente, uma fraude. Uma fraude. (Pese embora eu
próprio nele tenha votado para a Presidência, o que, na verdade, ainda me
legitima mais a escrever o que escrevo.) Toda a postura de Marcelo Rebelo de
Sousa quanto à covid-19 foi verdadeiramente inaceitável e ridícula. Diria mesmo
inenarrável. Um líder, um verdadeiro líder, não pode abandonar o povo e
enclausurar-se no seu castelo de cristal como fez Marcelo. Perguntar-me-ão: mas
não é normal o Presidente ter medo do coronavírus? Claro que é. Eu também
tenho. Por mim, pela minha família, pelos meus amigos, por todos nós.
Perguntar-me-ão ainda: mas o Presidente não deveria ter ido fazer o teste?
Obviamente que devia.»
6.
Por tempo
indeterminado a programação da Antena 2 está sujeita a um plano de contingência,
assim como na maioria das estações de Rádio nacionais.
7.
Um homem, com
cerca de 50 anos, matou a tiro a mulher e de seguida tentou suicidar-se. O
crime ocorreu em Nogueira do Cravo, concelho de Oliveira do Hospital. Segundo
os jornais apuraram, o homem é motorista de mercadorias e o casal tinha já um
historial de violência doméstica há vários anos.
8.
Dir-me-ão que
não é o livro mais indicado para os dias que correm: Ensaio Sobre a Cegueira de
José Saramago.
Talvez seja
verdade, é um livro de leitura muito incómoda, mas é um livro impressionante
«Estamos cada vez mais cegos porque cada
vez menos queremos ver.»
Foi isso que
nos aconteceu.
Não quisemos
saber do meio ambiente, outras coisas assobiámos para o lado ante todos os avisos que pessoas
responsáveis foram declarando.
O raio de um
vírus colocou-nos, agora, em sentido e obrigou-nos a uma descida aos infernos.
«Haverá um governo, disse o primeiro
cego. Não creio, mas no caso de o haver, será um governo de cegos a quererem
governar cegos, isto é, o nada a pretender organizar o nada, Então não há
futuro, disse o velho da venda preta, Não sei se haverá futuro, do que agora se
trata é de saber como poderemos viver neste presente, Sem futuro, o presente
não serve para nada, é como se não existisse, Pode ser que a humanidade venha a
conseguir viver sem olhos, mas então deixará de ser humanidade, o resultado
está à vista, qual de nós se considera ainda tão humano como antes cria ser.»
9.
Em Portugal há
1020 casos confirmados e 6 mortes.
A Itália
ultrapassou a China em número de mortes: 3.405.
A Espanha tem
um registo de 2.200 mortes.
No mundo há
272.042 casos confirmados e 11.299 mortes.
10.
Há pouco, nova
declaração de António Costa ao país.
«Vai ser um trimestre muito duro!».
Medidas
concretas ainda a conta-gotas.
O executivo
trabalhará durante o fim-de-semana para trabalhadores e empresas ficarem saber
com o que podem contar.
Chegou a
Primavera, mas com ela também chegou a chuva.
Continuaremos
a ficar em casa.
1 comentário:
Olá, bom dia:- Tudo tem um princípio e um fim. Pode é fazer sofrer muito antes que acabe conforme é o caso de agora do coronavírus.
.
Cuide-se. Proteja-se. Saudações amigas
.
^^^ Unidos pelo coração, separados pela razão ( Poetizando e Encantando Especial ) ^^^
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