Passaram
décadas a encher-nos a cabeça com as maravilhas da Comunidade Europeia.
No fundo
sempre soubemos que em tempo algum estiveram unidos, ou a união de plástico apenas
buscava lucros e dinheiro e em qualquer tempo de crise que viveram, as velhas
divisões vieram sempre à tona: aquelas que balizam países ricos e países
pobres.
Esse tal
projecto europeu, por causa de um vírus, Covid-19 de seu nome, está à beira de
se finar.
Assim o
exigem os tais países ricos. O resto é carne para canhão.
A realidade
triste e nojenta desta Europa, junta-se a dois tarados que presidem a dois dos
maiores países do mundo.
Noutras
partes do mundo:
Bolsonaro
continua a subestimar os efeitos da pandemia e está convencido que no Brasil
não acontecerá o mesmo que em outros países.
«Nada acontece com os brasileiros, não é
uma gripezinha que os deita abaixo», diz o fanfarrão presidencial.
Donald Trump
continua a dizer que os americanos têm de se deixar de isolamentos e terão que
ir trabalhar porque o país precisa.
Os Estados
Unidos enfrentam, neste momento, o maior número de infectados do mundo: para
cima de cem mil e as entidades garantem que este número aumentará de maneira assustadora.
1.
Naquele seu
poema original do medo, Alexandre O’ Neill diz-nos que o medo vai ter tudo, mas
mesmo tudo.
É isso que
nos está a acontecer.
O medo é este
sentimento de impotência que advém face ao Covi-19.
Não se pode
evitar, não se sabe o que é, não se sabe (ainda) como se combate.
Para uma
Praça de São Pedro vazia de povo, o Papa Francisco rezou missa.
Ouve-se
perguntar: «Mas onde está Deus?»
Ainda o poeta:
«O medo vai ter tudo
quase tudo
e cada um por seu caminho
havemos todos de chegar
quase todos
a ratos
Sim
a ratos»
quase tudo
e cada um por seu caminho
havemos todos de chegar
quase todos
a ratos
Sim
a ratos»
2.
Os números
negros:
Itália
9 134 mortes
Espanha
4 940 mortes
China
3 174
mortes
Irão
2 378
França
1 995
Portugal
76 mortes
No Mundo
26.996 mortes
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