Está a findar mais um
domingo desta quarentena de que não se conhece o fim.
O que me levou a
guardar esta frase do Jorge Silva Melo, lida numa crónica do Público de 6 de Novembro de 2005?
«Tanta gente na rua, domingo em Lisboa, gente a passear, bonita de
tanta gente.»
Ao tempo que isto
foi, mas houve um motivo, motivo que conhecia no dia em que a guardei, agora
não lembro qual foi, mas de certeza que não tinha nada a ver com este domingo de Lisboa, triste, dramático, sem
gente a passear nas ruas.
Nunca me entendi
muito bem com Gustav Mahler.
As muitas dificuldades
são minhas, reconheço.
Tempos houve que me
dediquei a trasnpôr os osbstáculos do obsessivo Mahler.
Quase nenhuns
resultados.
Hei-de continuar.
Disse Mahler:
«A tradição é alimentar o fogo, não ficar a olhar as
cinzas.»
Neste
domingo, deixo-vos com o final da sua 2ª sinfonia «Ressurreição»,
gravação de um dos Concertos Promenade.
1.
Os números negros:
Itália
10 779 mortes
Espanha
6 802 mortes
China
3 182 mortes
Irão
2 640 mortes
França
2 606 mortes
Reino
Unido
1 228 mortes
Portugal
119 mortes
No Mundo
33.854
2.
Palavras de António
Ramos Rosa, para o findar deste domingo e tiradas do seu livro O Aprendiz Secreto:
Tudo será construído no silêncio, pela força do
silêncio, mas o pilar mais forte da construção será uma palavra. Tão viva e
densa como o silêncio e que, nascida do silêncio, ao silêncio conduzirá.
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