domingo, 29 de março de 2020

DIÁRIO DOS DIAS DIFÍCEIS


Está a findar mais um domingo desta quarentena de que não se conhece o fim.

O que me levou a guardar esta frase do Jorge Silva Melo, lida numa crónica do Público de 6 de Novembro de 2005?

«Tanta gente na rua, domingo em Lisboa, gente a passear, bonita de tanta gente.»

Ao tempo que isto foi, mas houve um motivo, motivo que conhecia no dia em que a guardei, agora não lembro qual foi, mas de certeza que não tinha nada a ver com  este domingo de Lisboa, triste, dramático, sem gente a passear nas ruas.

Nunca me entendi muito bem com Gustav Mahler.

As muitas dificuldades são minhas, reconheço.

Tempos houve que me dediquei a trasnpôr os osbstáculos do obsessivo Mahler.

Quase nenhuns resultados.

Hei-de continuar.

Disse Mahler:

«A tradição é alimentar o fogo, não ficar a olhar as cinzas.»

Neste domingo, deixo-vos com o final da sua 2ª sinfonia «Ressurreição», gravação de um dos Concertos Promenade.




1.

Os números negros:

Itália

10 779 mortes

 Espanha

6 802 mortes 

China

3 182 mortes

Irão

2 640 mortes

França

2 606 mortes

Reino Unido

1 228 mortes

Portugal

119 mortes

No Mundo

33.854

2.

Palavras de António Ramos Rosa, para o findar deste domingo e tiradas do seu livro O Aprendiz Secreto:

Tudo será construído no silêncio, pela força do silêncio, mas o pilar mais forte da construção será uma palavra. Tão viva e densa como o silêncio e que, nascida do silêncio, ao silêncio conduzirá. 

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