segunda-feira, 23 de março de 2020

VELHOS RECORTES


Miguel Esteves Cardoso está muito longe, seja no que for, de me entusiasmar com aquilo que escreve ou opina.

Contudo, agora com todo o tempo do mundo, ando a arrumar caixas de papelada e encontrei este velho recorte dum texto de Esteves Cardoso sobre o Eduardo Prado Coelho.

Se ainda andasse por aqui, o Eduardo tinha quase rigorosamente mais um ano do que eu, nasceu a 29 de Março de 1944.

Conhecemo-nos, escapatoriamente, no Diário de Lisboa Juvenil, muitos anos mais tarde, tempos do PREC, tropeçámos no hall do Centro Vitória.

Entendia que eu tinha opiniões primárias e pouco fundamentadas.

Tinha razão. Sempre foi vasta a minha ignorância. Ainda hoje.

O Mário Castrim depositava grandes esperanças nele. Não se enganou quase nada. O João César Monteiro não era da mesma opinião mas, estando longe com um cigarro na beiça, não é para aqui chamado.

Eduardo Lourenço disse, recentemente, que o Eduardo não tinha o culto do patético, do trágico, tinha o instinto, o gosto da felicidade.

António Mega Ferreira, também recentemente escreveu:

«Ele era um “tudólogo”, nada do que era humano lhe era estranho.»

Fica o recorte do Esteves Cardoso, que é o editorial da revista «K» de Agosto de 1992:


Legenda: fotografia do retomar dos ENCONTROS DO JUVENIL em 12 de Novembro de 1966, na Casa da Imprensa. O convidado foi Eduardo Prado Coelho. A moça que está no canto esquerdo inferior da fotografia, é Alice Vassalo Pereira, hoje Alice Vieira.

1 comentário:

" R y k @ r d o " disse...

Gosto de ler as crónicas de Miguel Esteves Cardoso

Boa semana