Miguel
Esteves Cardoso está muito longe, seja no que for, de me entusiasmar com aquilo
que escreve ou opina.
Contudo,
agora com todo o tempo do mundo, ando a arrumar caixas de papelada e encontrei
este velho recorte dum texto de Esteves Cardoso sobre o Eduardo Prado Coelho.
Se ainda
andasse por aqui, o Eduardo tinha quase rigorosamente mais um ano do que eu, nasceu a 29 de Março de 1944.
Conhecemo-nos,
escapatoriamente, no Diário de Lisboa Juvenil, muitos anos mais tarde,
tempos do PREC, tropeçámos no hall do Centro Vitória.
Entendia que
eu tinha opiniões primárias e pouco fundamentadas.
Tinha razão. Sempre
foi vasta a minha ignorância. Ainda hoje.
O Mário Castrim depositava grandes esperanças nele. Não se enganou quase nada. O João César Monteiro
não era da mesma opinião mas, estando longe com um cigarro na beiça, não é para
aqui chamado.
Eduardo
Lourenço disse, recentemente, que o Eduardo não tinha o culto do patético, do
trágico, tinha o instinto, o gosto da felicidade.
António Mega
Ferreira, também recentemente escreveu:
«Ele era um “tudólogo”, nada do que era
humano lhe era estranho.»
Fica o
recorte do Esteves Cardoso, que é o editorial da revista «K» de Agosto
de 1992:
Legenda: fotografia do retomar dos ENCONTROS DO JUVENIL em 12 de Novembro de 1966, na Casa da Imprensa. O convidado foi Eduardo Prado Coelho. A moça que está no canto esquerdo inferior da fotografia, é Alice Vassalo Pereira, hoje Alice Vieira.
1 comentário:
Gosto de ler as crónicas de Miguel Esteves Cardoso
Boa semana
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