Quantos dias de
reclusão caseira já carregamos nos ombros?
Estou perdido nestas
contas e já me estão a dizer que esta madrugada muda a hora.
É impossível
voltarmos a ser os mesmos!
Deixei de colocar
aqui canções.
Um certo receio de que,
dado os dias que estamos a viver, algumas escolhas não fossem entendidas.
Vou-me ficar por
trechos de música clássica.
Começo pelo 2º
andamento do Concerto nº 2 de Rachmaninoff.
Descobri Rachmaninoff já tarde.
Muito tempo fiquei agarrado aos clássicos do meu pai e o Rachmaninoff não estava por lá, e se o meu pai gostava de concertos de piano e orquestra.
Muito tempo fiquei agarrado aos clássicos do meu pai e o Rachmaninoff não estava por lá, e se o meu pai gostava de concertos de piano e orquestra.
Já não estou em
grandes condições de afirmar algumas coisas, mas penso ter lido num dos livros
do Jorge Silva Melo que é um dos mais extraordinários concertos da música
clássica.
A fotografia que encima o texto, é do Luís Calisto.
1.
A Ordem dos Médicos
está a preparar um parecer sobre a tomada de decisões clínicas num cenário em
que a epidemia nacional de Covid-19 chegue a um ponto de limite de rutura dos
meios disponíveis, nomeadamente no suporte em cuidados intensivos.
2.
Semana a semana o negócio
do alojamento local afunda-se, lê-se no Público.
3.
«Estimamos que 2,5 milhões de plantas e flores estão a ir para o lixo
porque a vendas estão estagnadas. Há mais de 15 dias que as encomendas foram
quase todas canceladas, e as toneladas que tínhamos produzido são para deitar
fora», Victor Araújo, presidente da
Associação Portuguesa de Produtores de Plantas e Flores Naturais.
4.
José Pacheco Pereira
no Público de hoje:
«Como é
que uma pandemia, com um vírus de uma família conhecida, altamente contagioso
mas relativamente moderado nos seus efeitos, e com uma taxa de mortalidade
baixa em geral, provoca este verdadeiro cataclismo social e económico, com o
encerramento de quase todas as actividades produtivas, as cidades vazias, os transportes
parados, milhões de pessoas confinadas em casa?»
5.
Os números negros:
Itália
10.023 mortos
Espanha
5.826 mortos
China
3.177 mortes
Irão
2.517 mortes
França
1.019 mortes.
Portugal
100 mortes
No mundo
30.420 mortes
6.
Esta é a capa da
revista The Economist da semana passada.
O mundo fechou.
Não se sabe se
para balanço, se para fecho da actvidade.
Não temos no
mundo políticos que nos possam ajudar.
Temos tecnologias
adiantadíssimas, mas não temos gente que nos ensine, nos conduza, nos diga o
trivial.
Deixámos que se
perdessem valores, que se perdessem afectos, deixámo-nos espartilhar, dobrar,
enterrar no lodo.
Em cada segundo,
corremos o risco de deixar a vida.
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