Timidamente o sonho espreita.
Esqueço o meu corpo
e a dimensão de me encontrar
na terra estreita.
Estradas abertas, onde vão dar?
De madressilvas e rosas bravas
o cheiro ardente
são histórias verdes
que se entrelaçam
e sobrevoam
o sol poído de recordar.
Inverno, estio,
nova passagem outonal?
Já não importa.
Estradas, estradas
a algum lado hão-de levar
o meu cansaço.
Nem a dormir claro se mostra
o sonho.
Não me possui. Timidamente
é só aragem onde me deito.
Timidamente. Não há mais nada.
Legenda:
fotografia Shorpy
1 comentário:
Bom dia:- E não é a própria vida uma estrada infinita?
Poema magistral
.
Votos de um dia de paz e amor
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