Entramos
por Abril dentro.
Mais
uns dias, e aquele rasgão no tempo, como lhe chamou o escritor Miguel Real,
fará 47 anos.
Ouvindo
Beethoven, um José Saramago, que quase ninguém conhecia, dizia-nos que os que
nos julgavam bem seguros, hão-de ruir em estrondo no dia das surpresas.
Ou
como. O mesmo Saramago, escreve noutro poema:
Não me peçam razões, ou
sombra delas,
Deste gosto de amar e
destruir:
Nos excessos do ser é
que amanhece
A cor da Primavera que
há-de vir.
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