A casa tem dias em que há jornais por todas as
divisões.
O intelectual vai lendo e deixando por aí.
Nunca consegui que se portasse como deve ser e
arrumasse os jornais. Agora também já é tarde: burro velho não aprende línguas.
Volta e meia junto-os e coloco-os num monte.
Hoje, realizando a tarefa, na última página do JL de
17 de Abril, saltou-me aos olhos este título.
E fiquei assim de uma maneira que não sei explicar
porque me faltam as palavras.
Nos dias tão negros que atravessamos uma frase como
esta é um bálsamo.
1 comentário:
Miseravelmente, o intelectual não mais tem emenda...
Poderia agora dizer que não lera o jornal, mas li e, com uma insensibilidade desarmante não dei pela frase.
Sobre Deus, em tempo oportuno, li Camus, mais alguns,que me disseram o que deveria saber.
Talvez por isso...
A frase - Mário Claúdio cita-a de "Grande Sertão: Veredas, do escritor brasileiro João Guimarâes
Rosa - é, de facto, uma frase muito bonita.
Quem é crente tem destas sensibilidades e a Aida apanhou o sinal que me fugiu.
Uma frase de Marguerite Duras também pode ser lembrada: "Não acredito em Deus, mas acredito em quem nele acredita."
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