Neste dia, no ano de 2006, o Papa Bento XVI visitou
o antigo campo de concentração de Auschwitz e perguntou onde estava Deus quando
o horror aconteceu.
Tomar a
palavra neste lugar de horror, de acúmulo de crimes contra Deus e contra o
homem sem igual na história, é quase impossível e é particularmente difícil e
oprimente para um cristão, para um Papa que provém da Alemanha. Num lugar como
este faltam as palavras, no fundo pode permanecer apenas um silêncio
aterrorizado um silêncio que é um grito interior a Deus: Senhor, por que
silenciaste? Por que toleraste tudo isto? É nesta atitude de silêncio que nos
inclinamos profundamente no nosso coração face à numerosa multidão de quantos
sofreram e foram condenados à morte; todavia, este silêncio torna-se depois
pedido em voz alta de perdão e de reconciliação, um grito ao Deus vivo para que
jamais permita uma coisa semelhante.
Onde estava Deus naqueles dias da barbárie nazi?
Por onde anda Deus quando, em todos os dias, as tragédias acontecem
no Mundo?
A Biblia refere a pergunta de Jesus:
Meu
Deus, meu Deus por que me abandonaste?
O silêncio de Deus será com os crentes, mas o
silêncio dos homens já é com todos.
Porque o sentido da vida só tem um caminho: ser vivida.
E cabe aos homens a busca dessa verdade.
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