Procuraste, caminhante, essas veredas
ainda libertárias, na Ibéria. Mas
misturaste, na errância, a estrada larga
com caminhos de formigas rastejantes.
Põe-te de pé, poeta!, nunca de joelhos,
pois nem as virgens ouvem teus lamentos,
atolado em lameiros como um verme.
Serve-te da verve que encontraste
nos insurrectos cantos das tabernas
e, reinadio, caminha, pois caminho,
lá diz o outro, e com razão, se faz
apenas caminhando. Não tenhas pena- alegria!
- mas proclama que é nesta terra amiga
que ainda pode renascer a utopia.
ainda libertárias, na Ibéria. Mas
misturaste, na errância, a estrada larga
com caminhos de formigas rastejantes.
Põe-te de pé, poeta!, nunca de joelhos,
pois nem as virgens ouvem teus lamentos,
atolado em lameiros como um verme.
Serve-te da verve que encontraste
nos insurrectos cantos das tabernas
e, reinadio, caminha, pois caminho,
lá diz o outro, e com razão, se faz
apenas caminhando. Não tenhas pena- alegria!
- mas proclama que é nesta terra amiga
que ainda pode renascer a utopia.
Eduardo Guerra Carneiro, em A Noiva das Astúrias, Edições & Etc, Lisboa Agosto de 2001.
Legenda: ilustração de Carlos Ferreiro para este poema
do Eduardo Guerra Carneiro.
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