quarta-feira, 1 de maio de 2013

OLHARES


Há 39 anos, naquela explosão de alegria que foi o 1º de Maio finalmente em liberdade, quando a multidão, habitada pela esperança, começou  a descer a Avenida Gago Coutinho, a caminho do estádio  da ex-FNAT, depois 1º de Maio, olhou este prédio, ainda em construção.e presenciou que dezenas e dezenas de pessoas o tinham invadido acenando à multidão.

Mário Castrim escreveu que o deslumbre era um prédio vestido de gente.

Uma fotografia de O Século de 2 de Maio desse ano, mostra essa gente que vestia um prédio.

Ainda hoje não há palavras para relatar aquele º de maio, aquele dia inesquecível.


Tenho a vaga ideia que neste prédio esteve por lá um qualquer organismo do estado, mas hoje está vazio.
Numa das lojas, encontrei um aviso que dava conta de que, desde 16 de Abril, a Embaixada da República Democrática de S. Tomé e Príncipe mudara as suas instalações para a Avenida 5 de Outubro.

Há 39 anos este prédio estava em construção e vestido de gente.

Hoje está devoluto.

Há quem diga que são os ventos da crise.

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