quinta-feira, 16 de maio de 2013

TRABALHO INFANTIL


O coelhinho, quinzenalmente, no JL, filosofa com Jorge Listopad.

Deu-lhe há uns tempos para, em relação a Fátima, referir a exploração do trabalho infantil

Há males que vêm por bem, confiou-me o coelhinho, e continuou: Vejamos, se os três pastorinhos não fossem obrigados ao trabalho infantil (pastorícia), é duvidoso que a N.S. aparecesse assim, sem mais nem menos, na escola que a Lúcia, o Francisco e a Jacinta devessem freqüentar.

Esta fotografia foi publicada, no Diário de Notícais de 10 de Maio de 1967, com a seguinte legenda:

Ainda hoje, nos caminhos que vão dar a Fátima encontramos pequenos pastores apascentando os rebanhos. Altar do Mundo, a Cova da Iria é também o altar da humanidade.

Há aquele dito popular:

O trabalho do menino é pouco mas quem o perde é louco.

Maio de 1967.

Por muitos e muitos mais anos, crianças continuaram apascentando os seus rebanhos.

E não só!...

Há alguns anos atrás, falta-me a data exacta, um conhecido locutor de rádio e televisão, de que não me apetece escrever o nome, disse:

Eu comecei a trabalhar aos quinze anos e cheguei onde cheguei… Para que é que anda aí toda a gente a protestar contra o trabalho infantil?

Mais ou menos pelo mesmo tempo, um director de empresa que, explorava o mão-de-obra infantil, justificava-se:

São os próprios pais que nos pedem para lhes darmos trabalho, para que não andem por aí e se percam na droga.

Por trabalho...

Paulo VI chegou ao Santuário de Fátima num sábado
.
Dias antes o Diário de Lisboa publicava a notícia de que Salazar, por esse motivo, decretara feriado nacional.

Para quem não saiba, ou se tenha esquecido, nesse tempo a esmagadora maioria dos portugueses, trabalhavam todo o dia de sábado.

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