sábado, 25 de maio de 2013

NOTÍCIAS DO CIRCO


ELEITO,VÁRIAS VEZES, presidente da Camara de Oeiras, Isaltino Morais, já suspeito de corrupção e outras fraudes, sem o apoio do partido a que pertencia, voltou a receber a confiança dos eleitores de Oeiras.

 Não estivesse a cumprir pena de prisão e, pela certa, continuaria, pelos séculos fora, a merecer a confiança dos eleitores.

Contas na Suiça, fugas aos impostos, negociatas em Cabo Verde, suspeitas de entendimentos com os grandes empreiteiros, trafulhices várias, a imagem de um homem sem princípios, sem escrúpulos, sem qualquer ponta de ética.

Mas apresenta obra feita.

Um homem de visão, o melhor autarca do país.

Poucos oeirenses quererão saber, à custa de quê e de quem, Isaltino tem obra feita.

Otília, a mais antiga vendedora do mercado de Oeiras, diz que o erro dele foi gostar de mulheres. Se não se tivesse metido com a secretária e contado o que não devia…

O drama deste país é que, apesar da chocante incompetência de quem nos governa, do soberano desprezo que manifestam pelas pessoas, se amanhã houver eleições os votos entrarão nas urnas com a cruz no mesmo quadrado dos do costume.

Barafustam por tudo o que é sítio, chamam nomes aos deputados, aos políticos, mas no dia das eleições, o resultado é sempre o mesmo.

Assim foi durante quarenta e oito anos, assim tem sido desde que disseram que éramos uma democracia.

O Jorge Palma está ali a cantar:

Ai Portugal, Portugal enquanto tu estás à espera, ninguém te pode ajudar.

O recorte é retirado da 1ª página do jornal I de 22 de maio de 2013.
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O NÚMERO DE DESEMPREGADOS no final de Abril aumentou 11% em termos homólogos, num total de 728.512 pessoas, com mais 72.614 inscritos nos centros de emprego.

Os desempregados há mais de um ano aumentaram 31,4% em termos homólogos, totalizando 319.541 inscritos, enquanto os que tinham um tempo de inscrição inferior a um ano diminuíram 0,9% para 408.971 inscritos.

A CÂMARA DE GAIA está a projectar a construção de um túnel rodoviário mergulhado nas águas do Douro para ligar a praia de Lavadores (Gaia) à zona do Castelo da Foz (Porto). A obra custa 54 milhões de euros.

Luiz Filipe Memezes garantiu que é um projecto para os futuros presidentes de câmara do Porto e de Gaia desenvolverem.

Quem falou em austeridade?

A ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL Oxfam afirmou que os designados paraísos fiscais escondem 14 biliões de euros. Uma perda de receita fiscal para os governos de cerca de 120 mil milhões de euros.

A organização internacional divulgou estes dados na altura em que os chefes de estado e governo da União Europeia se reuniram em Bruxelas para, mais uma vez, já se perdeu o conto às vezes que já colocou o assunto em agenda, para procurar e reforçar a luta contra a evasão e a fraude fiscal.

A Oxfam especificou que dois terços dos fundos, cerca de 9,5 biliões de euros, estão em paraísos fiscais relacionados com a União Europeia.

Em momentos como o actual, em que cidadãos de países ricos e pobres sofrem a austeridade devido aos défices dos orçamentos nacionais, esse dinheiro poderia proporcionar o financiamento de serviços públicos essenciais, como saúde e educação.

SEMPRE QUE ESTÁ AFLITO, o ministro Gaspar procura a asa protectora de Wolfgang Schauble.

O ministro alemão apressa-se a afirmar que o que se passa em Portugal é um caso de evidente sucesso.

Passámos a dormir mais descansados...

A PRESIDENTE DO BANCO ALIMENTAR, Isabel Jonet, foi a personalidade escolhida para homenagear a 10 de Junho, junto ao Monumento aos Combatentes do Ultramar, em Belém, as mães, mulheres e irmãs dos militares destacados para a Guerra de África nas décadas de 60 e 70.

Cilinha volta, estás perdoada!

QUEM JÁ LEU O Sorriso aos Pés da Escada de Henry Miller sabe da dignidade de um palhaço - um poeta em acção, ele é a história que desempenha.

Por isso, chamar palhaço ao presidente Cavaco Silva é ofender o trabalho, a dignidade dos palhaços.


Há que chamar a Cavaco outras coisas, e o português, desde Gil Vicente, é uma língua rica em vocabulário que permite encontrar vocabulário suficiente para chamar os bois pelos nomes.

Ou o tempo em que o garoto Paulo Portas escrevia no Independente que Cavaco era um homem ordinário com tiques de ditador a merecer um estalo e classificava a futura primeira-dama-Maria-Cavaco como uma PMI, ou seja  Pequena e Média Intelectual. 

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