NO CIRCO, A SEMANA foi dominada, na sexta-feira na abertura dos
telejornais, pela declaração ao Pais do
Primeiro-Ministro.
Chegou a recear-se que,
aproveitando a atenção de seis milhões de portugueses, na quinta-feira, em
redor do jogo Benfica- Fanerbahçe, a comunicação tivesse sido agendada para
esse dia.
Pouco importa, porque, mais
dia, menos dia, o que havia para dizer seria mais do mesmo.
Ou seja: ainda mais bordoada
nos funcionários públicos, nos reformados e pensionistas.
O resto foi folclore, coisas
avulsas não clarificadas e a ameaça solene de que, se não fõr assim, virá aí o
segundo resgate e mais austeridade.
A 1ª página do jornal I, diz tudo.
Apenas dois pormenores
desta 1ª página:
No ano passado 20 gestores
das grandes empresas ganharam mais de um milhão de euros.
Numa entrevista, João Ferreira
do Amaral volta a bater na tecla:
Só
há duas hipóteses, sair do euro a bem ou a mal.
O economista foi dos
primeiros a defender a saída, controlada, de Portugal do euro.
Chamaram-lhe tontinho mas, em cada dia que passa, a tese não deixa de ter mais adeptos.
Chamaram-lhe tontinho mas, em cada dia que passa, a tese não deixa de ter mais adeptos.
Os portugueses não podem
continuar assim.
.A política de austeridade
que nos impuseram não está, de modo algum, a resultar e o país não vai aguentar
mais. A ruptura é inevitável!
O grande drama vai ser quando as pessoas se
aperceberem de que, feitos os sacrifícios todos, não estamos melhor. E quando
as pessoas se aperceberem que tudo foi em vão, vai haver um tumulto sério no
país.
VÍTOR DIAS em O Tempo
das Cerejas:
O
primeiro-ministro continua desonestamente a falar como se as pensões e reformas
saíssem por generosidade estatal dos impostos em vez de saírem, como
saem, das contribuições que os trabalhadores e as entidades
patronais fizeram ao longo de décadas.
A DESPESA COM SUBSÍDIOS DE DESEMPREGO e apoio ao emprego, cresceu nos primeiros três
meses do ano, quase tanto como era suposto crescer no ano inteiro.
MANUELA FERREIRA LEITE classificou
o Documento de Estratégia Orçamental
do Governo como histórias para contar
aos neto” e que as políticas que estão a ser seguidas pelo executivo
conduzem a um verdadeiro desastre.
É
preciso ter uma varinha mágica para transformar uma abóbora.
A CÁRITAS PORTUGUESA afirmou que o mundo laboral vive actualmente debaixo de um sentimento de medo que
condiciona e obriga os trabalhadores a aceitarem todas as regras e todas as imposições.
Não
podemos permitir que isto aconteça. Não podemos permitir que ter um emprego,
seja ele qual for e em que condições, se torne uma atitude de resignação.
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