Nasceu em Lisboa a 3 de Outubro de 1917 e em Lisboa veio a morre no dia 4 de Novembro de 2004.
Degrau a degrau, uma carreira feita a pulso e em que
fez de tudo um pouco: teatro, cinema, televisão, rádio, actor, encenador,
realizador, e em tudo deu sempre o seu melhor.
Em 1945 funda o Teatro da Guilherme Cossoul, colectividade que acabou por se transformar num
viveiro de grandes actores: Fernando Gusmão, Henrique Viana, Glicínia Quartim,
Raul Solnado, José Viana.
Esta é a capa do programa de O Diário de Um Louco, interpretado por Jacinto Ramos,que vi na Fila
E, cadeira 1 do 2º Balcão do Tivoli, num findar de tarde duma terça-feira 18 de Outubro de 1966,
depois de desembolsados 17$50 que, digo-vos, era dinheiro.
Tostões amealhados e depois o meu avô a acabar por cobrir o resto das despesas.
Sempre, doces memórias, a mesma lenga-lenga: oh!
avô, falta qualquer coisinha para…
… e era o cinema, o teatro, isto e aquilo…
Tenho tudo dentro de mim: uma soberba interpretação de Jacinto Ramos
no papel de Auxence Ivanovitch Poprichtcihn.
O
louco é um sonhador acordado, o sonhador é um louco adormecido.
Peça de Nicolau Gogol, traduzida por Virgínia Ramos,
música de Jorge Peixinho, cenário e figurinos de Sá Nogueira, encenação de Jorge
Listopad, que, na 2ª página do programa, assim se explicou:
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