quinta-feira, 30 de agosto de 2018

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Belíssima capa de Vitor Palla para o segundo romance publicado por Carlos de Oliveira e que nunca mereceu da parte do autor uma outra versão, tal como fez com as restantes obras.


Carlos de Oliveira, perante os seus livros, tinha uma permanente insatisfação.

«Escrever, reescrever, etc., uma espécie de teia que enreda o próprio escritor e a que é difícil escapar», disse numa entrevista a Maria Teresa Horta, A Capital 26 de Março de 1969.

Logo que o livro chegou às livrarias, a PIDE tratou de o apreender

Carlos de Oliveira renegou este seu livro e chegou a considerar que o livro não deveria fazer parte da sua obra.

Sou um admirador incondicional da obra de Carlos de Oliveira, da sua personalidade, predicados que dele fizeram um nome admirável no panorama da nossa literatura.

Considero Alcateia um bom romance, reli-o agora, e escapam-me os porquês das razões porque Carlos de Oliveira o deixou de considerar como livro seu.

A obra de Carlos de Oliveira ocupa na estante um pouco mais de um palmo de espaço, mas é todo um mundo que ali está. A sua presença é silenciosa mas ao mesmo tempo gritante.

Serenidade sempre foi uma palavra que resultou da leitura  que sempre fiz da poesia e da prosa de Carlos de Oliveira.

Como disse Mário Castrim:

«É muito difícil falar de Carlos de Oliveira porque, se falamos dele, toda a banalidade é pecado.» 

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