Belíssima capa de
Vitor Palla para o segundo romance publicado por Carlos de Oliveira e que nunca
mereceu da parte do autor uma outra versão, tal como fez com as restantes
obras.
Carlos de Oliveira,
perante os seus livros, tinha uma permanente insatisfação.
«Escrever, reescrever, etc., uma espécie de teia que enreda o próprio
escritor e a que é difícil escapar», disse numa entrevista a Maria Teresa
Horta, A Capital 26 de Março de 1969.
Logo que o livro
chegou às livrarias, a PIDE tratou de o apreender
Carlos de Oliveira
renegou este seu livro e chegou a considerar que o livro não deveria fazer
parte da sua obra.
Sou um admirador
incondicional da obra de Carlos de Oliveira, da sua personalidade, predicados
que dele fizeram um nome admirável no panorama da nossa literatura.
Considero Alcateia um bom romance, reli-o agora, e
escapam-me os porquês das razões porque Carlos de Oliveira o deixou de
considerar como livro seu.
A obra de Carlos de
Oliveira ocupa na estante um pouco mais de um palmo de espaço, mas é todo um mundo que ali está. A sua
presença é silenciosa mas ao mesmo tempo gritante.
Serenidade sempre foi
uma palavra que resultou da leitura
que sempre fiz da poesia e da prosa de Carlos de Oliveira.
Como disse Mário
Castrim:
«É muito difícil falar de Carlos de Oliveira porque, se falamos dele,
toda a banalidade é pecado.»
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