Viva a república, Viva. Patrão, quanto é o jornal
agora, Deixa ver, o que os outros pagarem, pago eu, também, fala com o feitor,
Então quanto é o jornal, Mais um vintém, Não chega para a minha necessidade, Se
não quiseres, mais fica, não falta quem queira, Ai minha santa mãe, que um
homem vai rebentar de tanta fome, e os filhos, que dou eu aos filhos, Põe-nos a
trabalhar, E se não há trabalho, Não faças tantos, Mulher, manda os filhos á
lenha e as filhas ao rabisco da palha, e vem-te deitar, Sou a escrava do
Senhor, faça-se em mim a sua vontade, e feita está, homem, eis-me grávida,
pejada, prenhe, vou ter um filho, vais ser pai, não tive sinais, Não faz mal,
onde não comem sete, não comem oito.
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