Perguntaram-lhe:
Quer dar um exemplo que o tenha surpreendido?
Respondeu:
Nos meus 18 anos, eu tinha aquela perceção de que os
guerrilheiros que estavam a fazer a luta de libertação eram deuses, infalíveis
– depois descobriu-se que não era tanto assim. Uma vez, um desses deuses
sentou-se ao meu lado, tirou um bloco do bolso e começou a tirar notas. Eu
pensei que ele estava escrevendo aí coisas fundamentais. Quando espreitei, dizia
assim: «Comprar pasta de dentes.»
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