Teria para aí os
meus 16 anos quando bebi o meu primeiro gin-tónic.
Na inauguração, no Largo da Graça, da delegação do Banco Português do Atlântico.
Estava com o meu
pai e lembro-me de um criado, chegar ao pé de mim, com uma bandeja na mão onde
estavam copos com um líquido esbranquiçado, gelo e uma rodela de limão.
Imaginei serem limonadas. Era gin-tonic. Bebi e fiquei cliente.
Um dia, conheci
o Mário-Henrique Leiria, li os Contos do Gin-Tonic, e se já
interiorizara que o gin-tonic é a melhor bebida do mundo, dúvidas deixaram de
existir.
Diz o Joe Could
que o gin liga a bomba da memória e um velho slogan publicitário do gin
«Tanqueray» conta que as histórias românticas de um bêbado são mais credíveis se
vierem de alguém que andou a beber gin «Tanqueray».
Passados uns 60
anos pela inauguração da delegação bancária, acordo pelas manhãs a saber que o
fígado já não pode pacificamente com o gin-tonic.
E tão amigos que
eles eram!
Há uma velha
canção do Cole Porter, «Two Little Babes in the Wood», em que se ouve:
«Descobriram que a fonte da juventude é uma mistura de
gin e vermute.»
Legenda: imagem de um gin vermute.
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