Dito
já que começaram as iniciativas que visam
registar o centenário do nascimento de José Saramago, acrescenta-se que irei
pegando num qualquer livro de José Saramago e copiarei dele uma frase, um
parágrafo, aquilo que constitui os milhares de sublinhados que, ao longo
dos muitos anos de leituras, invadiram os livros de José Saramago que habitam
a Biblioteca da Casa.
Ainda estamos no 1º capítulo do livro de
Conceição Madruga: A Paixão Segundo José Saramago:
«Neste labirinto de luz que se nos
afigura ser a obra de Saramago, estabelecemos um “corpus” constituído
pelos romances Manual de Pintura e Caligrafia, Levantado do Chão, Memorial do
Convento, O Ano da Morte de Ricardo Reis, A jangada de Pedra e História do
Cerco de Lisboa, no qual perseguiremos possíveis respostas, ainda que ambíguas
e, por isso, criativas, sobre o conhecimento possível do Mundo, admitindo,
porém com Saramago, que a ambiguidade é mais nossa, porque o lemos:
«Imagino que sabe que o lugar ambíguo é
a cabeça de quem ouve ou lê.» (História do Cerco de Lisboa, página 88 –
Nota do Editor. No topo a página do livro de onde é tirada a citação.)
«A linguagem do Conhecimento: eis a grande busca de Saramago. A certeza da nossa incapacidade de o mostrar totalmente, a nossa aposta.»
Sem comentários:
Enviar um comentário