Puer Natus Est Nobis
Dos contos de fadas da
minha infância, este da Divina
Criança era dos mais maravilhosos. Não
faltaram os exóticos magos guiados
pela mística estrela, a noite gelada, os
mansos animais, o desvalido ermo, a
pobreza
transformada em glória. O bem
sucedido parto de uma virgem, tantos
séculos
antes das pesquisas genéticas. O pior
foi quando quiseram contar o Tempo
a partir desta história. Podiam ter
escolhido
outra, com um fim menos cruel. Antes
a da Cinderela ou a do Príncipe Sapo,
onde
todos viveram felizes para sempre.
Sempre?
E o que é
Sempre?
Inês Lourenço em Natal…
Natais
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