Consideram-se
Mortos e Morrem
Elio Vittorini
Tradução: José Terra
Capa: Luís Jardim
Colecção O Livro de Bolso nº 7
Portugália Editora, Lisboa s/d
O avô volta-se
então, do limiar que alcançou entre as árvores. À sua direita, acende-se no céu
já claro o olho vermelho do semáforo. Ele ergue a sua bengala e, agitando-a,
diz-nos adeus; e a luz vermelha do semáforo apaga-se, volta a acender-se.
- Nós também somos elefantes – diz-nos a minha mãe.
E, dizendo isto, impede-nos de correr atrás do avô a fim de trazê-lo para casa. Volta a entrar na cozinha, nós entramos com ela, e, à luz eléctrica que empalidece com a claridade do dia, o seu rosto mostra-se sorridente.
- Não percebeis patavina – diz-nos – Não é o princípio da noite. É o fim.
Aponta-nos a hora do velho relógio de parede.
-- São seis e meia, vedes? Já os operários atravessam o parque, dirigindo-se para o trabalho. Hão-de encontrá-lo e trazer-no-lo. Mas se lhe dá na telha, entretanto!...
- Nós também somos elefantes – diz-nos a minha mãe.
E, dizendo isto, impede-nos de correr atrás do avô a fim de trazê-lo para casa. Volta a entrar na cozinha, nós entramos com ela, e, à luz eléctrica que empalidece com a claridade do dia, o seu rosto mostra-se sorridente.
- Não percebeis patavina – diz-nos – Não é o princípio da noite. É o fim.
Aponta-nos a hora do velho relógio de parede.
-- São seis e meia, vedes? Já os operários atravessam o parque, dirigindo-se para o trabalho. Hão-de encontrá-lo e trazer-no-lo. Mas se lhe dá na telha, entretanto!...
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