Parece-me que já apareceram «Texas-Jacks» (na
segunda-feira vou inspecionar e ver o que não está bem…). Ora a lei condena o
«Texas-Jack», talvez com razão. Mas eu não tenho coragem e só se o nosso
metodólogo de todo em todo o desaconselhar, é que darei ao «Texas-Jack» ordem
de despejo. É que o «Texas Jack» é dos melhores amigos da minha infância.
Aprendi a ler no «Texas-Jack»; comecei a formar uma biblioteca no «Texas Jack»;
não comecei a fumar por causa do «Texas-Jack»
(…)
Quando vejo pendurados à porta de certas papelarias,
os «Texas-Jacks» da minha infância, sinto uma ternura imensa. Uma ternura que é
por eles e por mim. Uma ternura que eu ofenderia se dissesse na aula: «Proibido
o Texas-Jack». E que a lei me perdoe…
Olho para o passado e vejo a Gramática. A Gramática. A
Gramática.
Eu nem sei como aprendi a gostar de ler.
Sebastião da
Gama em Diário
Legenda: capa de um fascículo do «Texas Jack»
encontrado em «Custo Justo».
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