O maquinista vê alguém pronto para se
suicidar.
Acciona os travões de emergência e resta-lhe
esperar, envolvido em perplexidade, impotência e angústia.
Sabe da pancada frontal, os rodados a passar
por cima do corpo.
Segundos que ficam registados para toda uma
vida.
Depois do acidente, a longa espera pelas
formalidades e depois o voltar a conduzir, em situação traumática, o comboio ao
seu destino.
Entre 2006 e 2015, 801 pessoas foram
colhidas por comboios. 402 foram suicídios, os restantes aconteceram em
passagens de nível ou em atravessamentos de linha em locais onde não são
permitidos.
Soube-se agora que os maquinistas da CP
pedem ajuda para enfrentar mortes na linha.
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