segunda-feira, 5 de abril de 2021

O QU'É QUE VAI NO PIOLHO?


Hoje, tenho a opinião que  os filmes de Walt Disney são insuportáveis.

Na infância terei visto todos ou quase todos. 

Acabei por os impingir aos filhos. Os netos já tiveram outras escapatórias.

Nos anos 90, Marc Eliot publicou o livro Walt Disney: Hollywood’s Dark Prince em que revela que Walt Disney foi um informador do F.B.I. e, para garantir as boas graças da agência, fez alterações nos argumentos de vários filmes para agradar a J. Edgar Hoover. 

Elliot apresenta ainda Disney como um alcoólico, um intolerante, um homem emocionalmente instável e não o grande homem que deu alegria às pessoas de todo o mundo.

Ruy Castro, na biografia sobre Carmen Miranda, aborda o personagem Disney:

«Em 1941, Walt Disney estava encrencado até às orelhas com o sindicalismo americano. E todas as crianças do mundo ficariam desapontadas se soubessem o motivo: Walt era considerado o pior patrão de Hollywood. Pagava salários de fome aos desenhadores e animadores, proibia os seus nomes na tela, reduzia os seus salários, ameaçava-os com demissões colectivas e, numa época e que isso ainda era possível nos Estados Unidos, perseguia funcionários sindicalizados, não reconhecia o direito de greve e contratava brutamontes para desmontar piquetes. Para ele, qualquer mínima luta por direitos era coisa de comunistas. Em Abril de 1941, o conflito com os empregados chegara ao ponto de Walt já não poder andar pelas alamedas do seu próprio estúdio, na South Buena Vista, em Burbank, sem ser insultado de rato. Com todos os sindicatos contra si e a ponto de sofrer boicotes e sanções terríveis, Disney anunciou que preferia fechar a fábrica e acabar com tudo, menos ceder aos “comunistas”».

Legenda: fotografia Shorpy 

1 comentário:

Seve disse...

Em suma: um vendido como todos os pulhas. Sempre desconfiei deste rato.