Uma das lembranças que me são mais queridas provém,
por exemplo, do último internamento do meu pai. Recordo-me de, por dias e dias,
andar de mão dada com ele, muito devagarinho, no grande corredor do hospital.
Eu passava-lhe toda a força que podia com a minha mão. Mas a sua mão era maior
do que a minha. E sei que ainda é.
José TolentinoMendonça, no Expresso, 2 de Novembro de 2013.
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