sexta-feira, 4 de maio de 2018

ETECETERA


O cerco aperta-se em redor do personagem Manuel Pinho:

«A confirmar-se é uma situação incompreensível e lamentável», diz Carlos César.

O líder parlamentar do PS, Carlos César, afirmou que o Partido Socialista «sente-se envergonhado» em relação ao ex-ministro Manuel Pinho, caso sejam confirmadas as suspeitas de que é alvo.

Questionado sobre o caso José Sócrates, Carlos César admite que a vergonha «até é maior», dado tratar-se de um ex-primeiro ministro.

BOB DYLAN

Bob Dylan vai lançar em Maio uma marca de uísques, a "Heaven's Door", num negócio para o qual conseguiu angariar mais de 28 milhões de euros de investidores.
«Este é um grande uísque», afirmou Dylan 
O nome da marca remete para a música Knockin' on heaven's door.


CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS

«A polémica que envolve a actual composição do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos esconde uma realidade: os cargos na gestão do banco público serviram para distribuir lugares de acordo com prioridades que nada têm a ver com os interesses da CGD. Recuámos a 1989, à época da privatização da banca, da criação da União Económica e Monetária e das maiorias absolutas do PSD, com Cavaco Silva como primeiro-ministro. Analisámos os dez mandatos que cobrem o período entre 1989 e 2015 e os números são claros: a passagem de ex-governantes, militantes, dirigentes e gente próxima do PSD, do PS e, a partir de 2004, do CDS tem sido regra na gestão da Caixa.
Mas uma análise caso a caso mostra outra realidade: a promiscuidade alastra-se ao regulador – o Banco de Portugal – e à banca privada. O que têm em comum Vieira Monteiro, Mira Amaral, Carlos Santos Ferreira, Tomás Correia e Jorge Tomé? Todos eles foram presidir a bancos privados depois de saíram da Caixa. Na verdade, os três primeiros ainda estão à frente do Santander Totta, do BIC, e do BCP, respectivamente.
Os conselhos de administração da Caixa Geral de Depósitos foram, ao longo dos últimos anos, território ocupado por gente próxima do poder político e económico, que muitas vezes se confundem. Na verdade, a actual composição dos órgãos sociais da Caixa não mostram qualquer ruptura com este passado, pelo contrário. Paulo Mota Pinto, ex-deputado e dirigente do PSD, preside à Assembleia Geral. Rui Vilar, o primeiro presidente do período que abordamos, é vice-presidente do conselho de administração. O presidente, António Domingues, e metade da comissão executiva vieram directamente do BPI para o banco público»

Lido em Abril, O Outro Lado das Notícias


A FECHAR


Frades... frades... Eu não gosto de frades. Como nós os vimos ainda os dêste século, como nós os entendemos hoje, não gosto dêles, não os quero para nada, moral e socialmente falando.
No ponto de vista artístico, porém, o frade faz muita falta.
Nas cidades, aquelas figuras graves e sérias com os seus hábitos talares, quási todos pitorescos e alguns elegantes, atravessando as multidões de macacos e bonecas de casaquinha esguia e chapelinho de alcatruz que distinguem a peralvilha raça europeia — cortavam a monotonia do ridículo e davam fisionomia à população.
Nos campos o efeito era ainda muito maior: êles caracterizavam a paisagem, poetizavam a situação mais prosaica de monte ou de vale; e tão necessárias, tão obrigadas figuras eram em muitos dêsses quadros, que sem elas o painel não é já o mesmo.


Almeida Garrett em Viagens na Minha Terra

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