Passagem pelo blogue Antologia do esquecimento:
«Habitações, escolas, hospitais em
ruínas. Sob as ruínas, o cheiro putrefacto dos corpos em decomposição. As
bombas não cessam de cair, esventrando mulheres, estropiando velhos, esmagando
crianças. Aos milhares. Há relatos de fome, de gente enterrada vida, outros a
matarem a sede com água do mar, relatos de tortura, de perseguições, destruição
massiva de instalações da Organização das Nações Unidas, jornalistas
silenciados, à bala ou à censura, prisões e detenções administrativas, aos
milhares, aos milhares. Por cá, celebram-se as unhas da Iolanda. Um statement.
E os apelos à paz. E espantam-se pardais com o televoto português, que deu
pontuação máxima a Israel. Continuemos a tratar o caso com unhas de gel e outfits.
Posição, era não ter cantado. Ficar em silêncio no palco. E mandar aquilo tudo
à merda. O resto é só mais um número, espectáculo tão ridículo, boçal e
degradante quanto o da Catarina Furtado a cortar uma madeixa de cabelo em
solidariedade para com as mulheres iranianas.»
2 comentários:
As unhas da Iolanda são o reflexo da geração "unhas de gel" (claro que nunca meteu a mão na massa nem na loiça...).
E aquele festival da Eurovisão...que fauna. Aquilo é simplesmente miséria humana!
Sim, simplesmente lamentável: as canções(?), a hipocrisia política, tudo!...
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