Cais do Sodré.
Conta Dinis Machado, em Reduto Quase Final que era a ali, junto ao relógio,
que a malta miúda, vinda de diversas ruas do Bairro Alto, se encontrava para, nos
domingos, todos juntos, irem para a praia.
“A propósito: quem é que tem a bola? Estive a ver as marés, temos terreno
duro no domingo, na praia, da parte da manhã. Podemos estar a dar uns toques
umas seis horas seguidas, mas é preciso apanhar o barco aí pelas oito horas. E
com isto fecho a secção de informações. Quem é que tem a bola? Quem é que a
levou para casa no domingo”.
Tinham nomes os barcos: “Zagaia”, “Flecha”, “Norte Expresso”. Travessia Cais do
Sodré-Trafaria-Cova do Vapor. Aqui uma ponte de madeira desde o desembarque até
à praia.
Mas os barcos no Cais do Sodré funcionavam apenas no Verão. Durante todo o ano,
eram os barcos da empresa Damásio Vasques & Santos, Lda que faziam a
travessia Belém-Trafaria. Também tinham nomes esses barcos: o “Alcântara”, o
“Trafaria Praia”, o “Sempre Fixe”, outros que agora já não lembra.
A propósito quem é que tem a bola?
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