sexta-feira, 7 de março de 2025

RITMO ETERNO?

A enxada tomba… Cavador não sentes,

com ritmo igual, por esse mundo, a rodos,

dezenas delas a bater, também?

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Para que veio Cristo ao mundo e às gentes,

se aquilo que pregou veneram todos

— fingidamente — e nunca o fez ninguém?!

Espera cavador! O Sol que dorme,

agora, amanhã há-de voltar…

E, do negrume dessa noite enorme

que parece jamais querer cessar,

de tuas mãos, com teu esforço enorme,

 

— Um Novo Mundo há-de surgir, brilhar…

 

Janeiro de 1938

Álvaro Feijó em Poemas de Álvaro Feijó

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