A enxada tomba… Cavador não sentes,
com ritmo igual, por esse mundo, a rodos,
dezenas delas a bater, também?
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Para que veio Cristo ao mundo e às gentes,
se aquilo que pregou veneram todos
— fingidamente — e nunca o fez ninguém?!
Espera cavador! O Sol que dorme,
agora, amanhã há-de voltar…
E, do negrume dessa noite enorme
que parece jamais querer cessar,
de tuas mãos, com teu esforço enorme,
— Um Novo Mundo há-de surgir, brilhar…
Janeiro de 1938
Álvaro Feijó em Poemas
de Álvaro Feijó
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