Luís Montenegro,
primeiro-ministro de Portugal, virou Calimero.
É um
primeiro-ministro precário, como se pode ler no editorial do Público.
Se o governo
cair, a culpa apenas poder ser assacada a Luís Montenegro.
O Partido
Comunista apresentou uma moção de censura.
O Partido
Socialista vai avançar com uma comissão de inquérito obrigatória à empresa
familiar de Luís Montenegro e ameaça com moção de censura e Pedro Nuno Santos vai
pedir audiência ao Presidente da República para justificar a iniciativa do PS.
A Ordem dos
Advogados também vai averiguar as suspeitas de violação da lei dos actos
próprios da advocacia por parte da empresa propriedade da família do
primeiro-ministro.
A Procuradoria
Geral da República recebeu denúncia anónima e vai analisar se há alguma
ilegalidade relacionada com os negócios da empresa familiar de Luís Montenegro
O constitucionalista Reis Novais defende existir, no mínimo, violação de obrigação
de exclusividade pelo primeiro ministro, e que este deveria ser, em última análise,
demitido pelo PR ou destituído pelos tribunais.
Depois de tudo isto, provavelmente mais algumas coisas, o gabinete do primeiro
ministro revela que o primeiro-ministro vai pedir à Entidade que faça uma auditoria.
Apesar das críticas dos partidos ao silêncio do Presidente da República sobre a polémica em torno do primeiro-ministro, Belém remete para depois do desfecho parlamentar comentários sobre a crise política.
Amílcar Correia no editorial do Público:
Chegámos a isto!
Os canais
televisivos rejubilam e os comentadores amontoam-se em horas seguidas a debitar
as mesmas coisas que se reduzem a nada.
É a vida, como um dia disse o engenheiro.
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