Na entrevista que
Luiz Pacheco deu a João Paulo Cotrim, chegando aos finalmente, o jornalista pede-lhe
uma mensagem para as novas gerações.
Pacheco atira-lhe:
João Pedro George há-de
aproveitar a saída pachecal para dar título à biografia que publicou sobre Luiz Pacheco.
Entramos agora na
entrevista que Cláudia Galhós fez ao Pacheco e publicada no Blitz de Dezembro de 1995.
Mudando de assunto e
porque esta entrevista vai sair quase no Natal. O que é o Natal para si?
Para mim é uma estupidez. Não se compreende que haja um dia de
felicidade, de fraternidade, de grande ternura quando durante todos os outros
dias do ano, é tudo a andar à porrada. É isso que me dá muita raiva no Natal.
Beijinhos, beijinhos, festas… assim é que as pessoas se redimem de tudo o
que fazem durante o ano?
Costuma comemorar o
Natal?
Não. Há poucos dias, o meu filho Paulo espantosamente disse-me assim:
«O João Miguel – que é o irmão . já te falou alguma coisa do natal?» Ele sabe
que não ligo nenhuma a isso mas gostei que ele dissesse, é a primeira vez que
se lembra. Não acho piada nenhuma.
Qual era a prenda que
mais gostava de ter no Natal?
Para mim? Um pulmão novo, um coração novo, uma picha nova. Assim uns
acessórios.
Legenda: pintura de Édoaurd Manet
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