segunda-feira, 3 de setembro de 2018

O QU'É QUE VAI NO PIOLHO?


Estava a passar os olhos por um texto de Camille Paglia, publicado na revista Ler, quando os olhos descansaram nesta frase:

«A primeira personagem feminina e militante mais influente dessa época foi, provavelmente, Ursula Andress no papel de Honey Rider, uma caçadora de búzios de temperamento agressivo, no primeiro filme de James Bond, O Agente Secreto 007, de 1962, em que ela sai do mar num deslumbrante biquíni branco e com uma faca presa à anca».

É de facto, uma cena fascinante e arriscaria a dizer que o sucesso futuro das fitas de Bond, o agente secreto 007 de Sua Majestade com ordem para matar, tem algo a ver com essa cena.

My Name is Bond, James Bond.

Bond como o seu criador, Ian Fleming, gostava de dizer:

«Detesto porções pequenas de tudo quanto é bom.»

Durante alguns anos fui um espectador das fitas de Bond, nunca um seguidor incondicional , acabando  por  desligar-me quando Sean Connery deixou de o interpretar.

 Ian Fleming teria preferido David Niven em vez de Connery.

Enfim…

Há uns anos, os críticos andaram a tecer umas loas sobre o  estupendo desempenho de  Daniel Craig em Casino Royale  e eu embarquei.

Foi o meu último Bond.

Não desgostei.

O filme tem todos os ingredientes habituais; cenas de pancadaria, aquelas  perseguições malucas em carros descapotáveis, a engenharia bélica e electrónica com que ele se vai safando dos inúmeros perigos  e armadilhas e  uma longa  sequência de um jogo de poker, que acho muito bem esgalhada, mesmo não percebendo patavina  do jogo.
Há também uma sempre excelente Judi  Dench a fazer de “M”, a superior hierárquica  de Bond,  e a dizer, para quem a quer ouvir, de que tem «saudades da Guerra Fria», tal como  Victor da Cunha Rego disse que  um dia ainda  haveríamos de lamentar o fim da União Soviética, porque é sempre bom ter um inimigo e  à falta dele o mundo tornou-se mais perigoso.

Um pormenor de diálogo do filme:

James Bond – Você não faz o meu género.
Vesper Lynd – Por ser inteligente?
James Bond –  Por ser solteira!

A última imagem do filme é uma assombrosa mansão nas margens do Lago Cuomo.


Claro que os filmes de Bond devem muito a Sean Connerey, às Bong girls e às canções, que ficaram para a história, de alguns dos filmes.

O primeiro filme, Doctor No, não tem canção mas apenas aquele lance de jazz que ficou conhecido como James Bond Theme.

Tenho um velho Cd que reúne as melhores canções dos filmes de James Bond que ficaram para a história e cito estas:

From Russia With Love – Matt Munro
Goldfinger – Shirley Bassey
We Have All The Time in The Word – Louis Armastrog
Thunderball – Tom Jones
Diamonds Are Forever – Shirley Bassey



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