O Presidente da República, Marcelo Rebelo de
Sousa, disse, hoje, que não vai propor nova renovação do estado de emergência.
O governo irá agora decidir os instrumentos e
as medidas que serão aplicadas depois de 2 de Maio.
E aqui começa um novo mar de incertezas,
novos estados de angústia, de ansiedade.
Já estamos tão fartos do que nos está a
acontecer.
Mas estaremos preparados para enfrentar este
outro desafio?
O surto continua por aí.
E nós?
Serve esconder as nossas fragilidades?
Que mais desculpas nos damos?
Quem ensinou Mona Lisa a rir daquele modo?
Que música para hoje?
Vivaldi.
Que
muitos dizem ser um clássico demasiado repetitivo, quase chato.
Eu gosto.
Saudades de ouvir, com o meu pai, a Cecília Bartoli,
a cantar Vivaldi, ou o tempo em que punha a rodar «Alla Rustica», e ele começava a mexer os braços qual maestro, e
falávamos do homem da bandeira que, juntamente com o meu avô e outros republicanos
históricos, nunca faltavam para que um dia o botas-de santa-comba caísse, fosse
lá como fosse, mas caísse.
1.
Em Harbin, uma
cidade na China, vivem 10 milhões de pessoas e teme-se que está ali a
desenvolver-se um novo surto de epidemia.
E agora já
sabemos de que Harbin, estando tão longe, isso não é impeditivo de o vírus
galgar fronteiras.
As informações
sobre este surto, como velho péssimo hábito chinês, são quase inexistentes.
2.
«Moro há 45 anos mesmo ao lado do Estádio do
Glorioso, E, nunca, mas nunca, tinha ouvido tantos pássaros em frente à minha
janela! Um novo e estranho mundo».
Joana Lopes
3.
Billy Wilder. num delicioso filme do
pós-guerra «A sua Melhor Missão, em
que uma maravilhosa Marlene Dietrich anda por lá a dizer:
«Troco pastilhas elásticas por
beijos.»
4.
Grupo que lidera a British Airways quer
despedir 12 mil trabalhadores.
No primeiro trimestre, os prejuízos da
companhia aérea britânica foram superiores a 500 milhões de euros e as receitas
caíram 13 por cento.
5.
A Segurança Social aprovou 61,7% dos
62.341 pedidos de adesão ao `lay-off` simplificado que foram
requeridos pelas empresas até ao início de Abril.
Os 15,1% dos pedidos (9.458) foram
indeferidos por vários motivos, entre eles porque as empresas não tinham a sua
situação contributiva regularizada ou não tinham certificação do contabilista
ou por não cumprirem as regras da data de início do apoio.
6.
As Nações Unidas alertaram que o isolamento
obrigatório de milhões de pessoas em casa vai originar um aumento em 20 por
cento da violência doméstica.
7.
As creches são dos primeiros estabelecimentos a ter ordem de abertura, mas
deixam um aviso aos pais: só vão aceitar as crianças de volta, caso os
pagamentos estejam em dia.
8.
A SAS, a transportadora aérea mais importante
de Escandinávia, anunciou que vai colocar cinco mil trabalhadores em lay-off.
A Bosch de Braga
vai entrar em lay-off total.
Atualmente, os 3800 funcionários estavam num regime parcial de redução temporária dos períodos de trabalho. No entanto, perante uma descida na procura, a unidade de produção de componentes automóveis vai suspender a atividade.
Atualmente, os 3800 funcionários estavam num regime parcial de redução temporária dos períodos de trabalho. No entanto, perante uma descida na procura, a unidade de produção de componentes automóveis vai suspender a atividade.
9.
Os negros números:
Os Estados Unidos passaram a ser o primeiro
país do mundo a ultrapassar um milhão de casos confirmados da covid-19, enquanto
o número de mortos se cifra em 57.266.
Portugal regista 928 óbitos.
Itália: 27.359
mortos
Espanha: 23.822
mortos
França: 23.660
mortos
Grã-Bretanha:
21.768 mortos
Em todo o mundo
já morreram 216.808 pessoas.
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