Para
assinalar os 10
anos do CAIS DO OLHAR, os fins-de-semana estão guardados para lembrar
alguns textos que por aqui foram publicados.
COISAS
EXTINTAS OU EM VIAS DE…
Uma em duas,
duas em uma, como preferirem.
Carlos
Paredes já há muito nos deixou, um homem do outro mundo, José Duarte dixit.
Nada passou a ser como era.
«Que saudades meu amigo
Das flores do teu jardim
Eu sentada num degrau
E tu esquecido de mim
Eram flores de fim de dia
Tinham gotas de luar
Que saudades meu amigo
Do teu jardim de encantar»
Y.K. Centeno
A TAP está em
vias de, selvaticamente, deixar de ser nossa.
Só não se
sabe quando.
Há uma boa
dezena de anos, ou mais, disse-me o Hans-Martin, um amigo alemão, que de aviões
e companhias de aviação percebe, que a TAP era das melhores companhias de
aviação do mundo, só não disse que era a melhor porque, por difícil de validar,
essas coisas não se dizem.
Por um
aniversário, a TAP convidou Carlos Paredes para gravar um disco para ser
distribuído pelos passageiros e feito da seguinte maneira: eu fiz dois temas
dedicados exclusivamente à TAP - «Asas sobre o Mundo» e «Nas Asas do
Saudade» - que depois misturei com outros já gravados, e fez-se um disco
novo, um disco que eu tive o cuidado de relacionar com aspectos da vida
nacional: as sua paisagens, etc.
José Duarte
que o ouvia, acrescentou: «é a maneira de a tua música andar a voar por aí…
»
Disse, então,
Carlos Paredes, naquela humildade que se lhe conhecia:
«Tenho muita honra e devo à TAP imensos
favores. Um deles é deixar levar no avião a guitarra junto a mim, porque se
fosse para o porão podia sujeitar-se a ser furada…»
Texto publicado em 17 de Fevereiro de 2013.
Sem comentários:
Enviar um comentário