sexta-feira, 17 de abril de 2020

OLHARES


Um linotipista do tempo em que os jornais se compunham a chumbo.
O cheiro a chumbo, a tinta, que emanava da tipografia do Diário de Lisboa, naquelas tardes de segundas-feiras quando, com o Mário Castrim, olhávamos a prova de granel do Juvenil.
Aquele cheiro que ainda persistia quando íamos beber o café na Brasileira.
Um certo romantismo, dizia então o Armindo.
E se ele sabia aplicar as palavras.

Legenda: fotografia  Shorpy da autoria de Jack Delano, linotipista do Greensboro Herald Journal, Georgia.

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