domingo, 28 de junho de 2020

ETECETERA


Fujo de limpar o pó no espaço onde tenho livros, discos, bonecada, fotografias, jornais, revistas, dossiers, recortes, a aparelhagem de som, o gira-discos, o computador onde escrevo. Limpo o pó mas daí a pouco o pó está lá outra vez. Digo isso à Aida, ela noutras partes da casa, queixa-se do mesmo.

Há dias, em viagem pelos blogues do costume, encontrei no BichoRuim, fornecida pelo Rui Manuel Amaral, uma explicação para essa história do pó que vai e vem.

Deixo-a aqui:

«Por mais que limpe o pó, o pó não desaparece. Acumula-se sobre os móveis, os livros, o computador. Avança pelo corredor, entra no quarto, instala-se na sala. Não dá tréguas. Se limpo agora, volta a aparecer daqui a pouco. Ainda mais notório, ainda mais abundante. É como se a casa se revoltasse contra a nossa presença. Como se nos quisesse ver pelas costas. Como se fôssemos o pó que a casa quer limpar.»

1.

A última reunião na Infarmed, para balanço da evolução da pandemia de Covid-19 em Portugal, terminou com António Costa a interromper abruptamente a ministra Marta Temido quando esta falava sobre os efeitos do confinamento no norte do país, lembrando que este tipo de discurso não é útil porque o país nunca esteve em confinamento.

Não sei se terá sido pela Direcção Geral da Saúde ter metido os pés pelas mãos na- quela história da noite de São João no Porto, que provocou a chacota do presidente da câmara do Porto, não sei, mas, fosse o que fosse, a atitude de Costa foi de uma deselegância incompreensível

O episódio mostra que os tempos não estão nada fáceis e nada está tão bem como se vai dizendo.

Está tudo a correr muito mal: presidente da república, governo, deputados, Benfica. Com Junho em dias finais, voltamos aos primeiros dias de Março, e para pior, porque já ninguém liga puto ao que nos dizem.

Já dizia o Jorge de Sena: «O nosso problema não é salvar Portugal, é salvarmo-nos de Portugal».

Daqui por 15 dias haverá outra reunião na Infarmed e até esse dia há que acertar agulhas.

Com carácter de urgência!

2.

Estamos à beira da segunda vaga?

Ninguém tem a resposta mas vamos reparando que estamos à beira de um desastre.

Será pessimismo?

3.

Na sequência de uma denúncia, a Guarda Nacional Republicana pôs termo, esta quinta-feira, a uma festa com quatro dezenas de pessoas numa moradia na Comporta.


O parque de campismo da Galé, no litoral alentejano, foi encerrado na sequência do surto de covid-19 com origem numa festa de jovens que infetou pelo menos 20 pessoas.

Três agentes da PSP foram agredidos na sexta-feira à noite quando dispersavam um grupo de pessoas em Loures, durante uma acção de fiscalização a um estabelecimento.

Entraram ontem em vigor a aplicação das contraordenações por incumprimento das práticas sociais que visam conter a pandemia da covid-19.

Em comunicado, o ministério da Administração Interna relembra que o valor das coimas varia entre os 100 e os 500 euros, para pessoas singulares e, no caso das pessoas coletivas, situa-se entre os 1.000 e os 5.000 euros.

4.

A CMTV desconfia da EDP, está preocupada, mas o regulador só pode actuar no âmbito das suas competências de obrigar à disponibilização da informação e que não tem poderes para avaliar idoneidade dos administradores.

5.


Lia-se na 1ª página do Público de 19 de Junho.

Tem tudo a ver com o juramento de Hipócrates.

Mas a procissão ainda não saiu do adro.

6.

O número de casais em que ambos os cônjuges estão desempregados aumentou pelo terceiro mês consecutivo e atingiu em Maio os 6.722 casos, uma subida de 1.207 casais face ao mesmo mês do ano passado, soube-se também que 60% dos trabalhadores que ficaram desempregados tinham um vínculo precário.

7.

Os Bombeiros profissionais vão ser aumentados 4 euros por dia e passarão a ganhar 54 euros por dia.

8.

Marcelo Rebelo de Sousa repetiu que não vê problemas que um membro do governo passasse a governador de Portugal, enquanto a Assembleia das República vai cozinhando, em lume brando, uma lei que estabeleça um período de nojo para esse tipo de situação e que não apanhará Mário Centeno, futuro governador do banco de Portugal.

9.

O futebol é a política nacional, nada há para além disso, escreveu o jornalista Fernando Sobral no Público.

10.

José Tolentino Mendonça, a rever o filme Round Midnight, lembrou que o filme é sobre o que pode fazer por nós a gentileza dos que nos amam, mesmo uma das frases inesquecíveis do filme é que nos diz: «Não há suficiente gentileza no mundo.»

2 comentários:

ILLUMINATI GRAND LODGE® disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Seve disse...

Ó Sammy cuidado com este vírus...