domingo, 28 de junho de 2020

DE TANTO TE IMAGINAR


De tanto te imaginar, de olhos fechados,
sei lá se te perdi!
E se esta sombra com quem voo nos telhados
és tu em vez de ti.

Só sei que quando vieres, real,
a cheirar a pele e a punhal,
com entranhas e caveira...

...terei de coser a tua sombra à minha,
atar o rio à Nuvem da tardinha,
a labareda ao fumo da fogueira.

José Gomes Ferreira em Poesia IV

Legenda: não foi possível identificar o autor/origem da fotografia

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