sábado, 9 de maio de 2020

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cais    navios    guindastes    gruas    dragas    rebocadores    estivadores    conferentes entrepostos    mercadorias descarregadas    outras para carregar    contentores    manifestos 
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2 comentários:

Luis Eme disse...

Tanto mar. :)

Sammy, o paquete disse...

Anos e anos de trabalho no cais de Lisboa a olhar o Tejo, a olhar os navios, a olhar as pessoas, às quintas-feiras, a quem vinha da margem esquerda, vender o Avante, no Cais do Sodré, os finais de tarde no British-Bar onde encontrava o Armando Ventura Ferreira, o José Cardoso Pires, quando não lhe apetecia o silêncio do Bar Americano, o Eduardo Guerra Carneiro, o José Duarte-cinco-minutos-jazz, tanta gente, tanta gente, depois ir à Livraria Anglo-Americana, ao lado da Pastelaria Caneças que agora é uma boutique do pão, para dois dedos de conversa com o Eduardo Olímpio e encontrar o Romeu Correia, o Altino Tojal, malta nova que deixava ao Eduardo uns livros de poesia-edição-de-autor para ele tentar vender.
Sim, Luís, tanto mar, tanto mar, tanta gente que já não anda por aqui, o gosto em fazer o que fazia, e ainda, parafraseando o Sebastião da Gama, então a gente anda aqui tão feliz e no fim ainda nos dão dinheiro.